Hoje resolvi falar sobre as entrelinhas, sobre o que é velado, o que não é claramente dito.Embora seja eu uma pessoa direta e prática(aliás nem sei se sou de verdade ) muito me agradam as entrelinhas!! Seja num texto escrito, seja num texto falado.Como são deliciosas as entrelinhas de uma conversa, onde as coisas não precisam ser explícitas, onde olhares se fazem entender.Os olhares, os abraços , ausentes de verbalização são as maiores entrelinhas da vida!!Eu, Márcia,tenho alguns códigos que são as minhas entrelinhas.Prefiro não menciona-los aqui porque so algumas pessoas podem "ler" minhas entrelinhas.Eu ando meio farta de discursos e textos claros,de palavras colocadas no lugar certo; quero entendimento a partir do inexato, do que não digo e calo.Ou talvez não cale, apenas não fale.
"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo."
Pois é....
Márcia
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